sábado, 8 de janeiro de 2011

Bem te dizia ali ao fundo K. que não era sequer preciso que saísses de casa.
O tudo todo que te arrasta não carece de milhas acumuladas para voar mais barato, nem de aproveitar a novidade de ser gente para conhecer a enorme variedade de estações de comboio da europa. O mundo inteiro aguarda chamada para se dizer presente a partir da tua sala.

A qualquer lado que chegue não sinto enfado, mas sim o fado. O meu fado enfiado dentro. De certo, certo certeiro, por certo, a esperança do ser deserto, de um talvez, porém, uma vida inteira de por aí além, do mais, conforme, consorte, com alguma sorte, com alguma, pode ser que acertes. A única certeza é a possibilidade do aborrecimento.
E o que rima com consolo nem sempre se faz alento. Não será à toa o tormento.


Não, não é preciso que saias. Mas melhor é que as uses.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

todos estes mares sempre o mesmo
sobram-nos nos olhos
e escoam-se pelos ouvidos


em parte alguma naufrágio rima com cotovia

há que estar atento
muito atento
para que não te dês ao ridículo por nadares
remares ainda o corpo estando já em terra seca



mantém os pulmões alerta





há principalmente que nunca confundir a água com a sede