domingo, 26 de abril de 2009

Eu, Teresa, me confesso.
De uma santa lascívia que me construiu estas paredes de onde parto até vós.
Eu, Teresa, me confesso.
De ter dominado a língua e com ela me ter dominado por deus.
Eu, Teresa, me confesso.
De ignorar os desígnios dos senhores da lei episcopal, de ignorar os receios de meu pai, e de me ter apaixonado por demais.
Eu, Teresa, me confesso.
De uma culpa inconfessável, pois a ela eu obedeço, e para chegar a ti, Senhor, muy grande terá que ser essa culpa. Muy grande terá tido que ser a falta, ainda que inconfessável, porque a ela não acedo em imagem nítida, como a vós, senhor, que eu vejo e ouço.
Eu, Teresa, me confesso de vaidade e de pouco nobre vigília.
E da pretensão de a vós querer chegar, com estes meus humanos e fêmeos sentidos, e uma voz cheia de febre, daquela febre, da qual a razão se parece por vezes ausentar.
Eu, Teresa, me confesso.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

la clé, la lettre, et l'éternuement.



j'ai besoin d'un ouragan, d'un orage:
aucune langue ne semble être à moi.
la pluie peut être la mienne,
le vent est le mien,
les sifflements...


mais la langue

la langue ne l'est jamais.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Numa terra em que pedro-procura-inês, não restam paredes para te encontrar.
Ainda assim, espero.

E a realidade assombra. Será ela o que nos separa?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

as minhas vozes todas, com todas as vozes tuas, quantas serão ao final da sinfonia?...

sábado, 11 de abril de 2009

I always dance like nobody's watching. Alone, I do not dance at all.

terça-feira, 7 de abril de 2009

au port.