de volta à senda do convento
apercebo-me que o segredo está na ostra
e que afinal é isto tudo uma forma diferente do mesmo afrodisíaco
e que esse tão velho sufoco que te angustia é só ar e apenas ar quente
finges-te sempre dormente para que não te levem a mal a inércia
para que não te arrombem a indolência ou te incrustem uma sombra alheia
provarás agora o verdadeiro sentido da apneia
o que te ficará a faltar
no fim de tudo
será o sono e não o ar
e a isso tudo te assiste um treino habituado
e a contornar-te só a própria carapaça
amplificador de um mar de ti
que reverbera o som da terra
sem te chegar a tocar a lama
e se as horas se estenderem em parto
levar sempre presente
que os sonhos não se cobram
sonham-se
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
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