quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quem julgue suster os poderes do tempo
que se abstenha
pelo menos por agora
pelo menos no enquanto
há chuva que não molha
e quem se abstém que se espante
isto não é só matemática
não é só solfejo
ou mera questão de traquejo
nenhum alfabeto basta
há que abrir o "e" ao sortilégio
assumir plenamente o privilégio de estar só
infinitamente só
e por isso saber-me ao teu lado
que se abstenha
pelo menos por agora
pelo menos no enquanto
há chuva que não molha
e quem se abstém que se espante
isto não é só matemática
não é só solfejo
ou mera questão de traquejo
nenhum alfabeto basta
há que abrir o "e" ao sortilégio
assumir plenamente o privilégio de estar só
infinitamente só
e por isso saber-me ao teu lado
domingo, 13 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
(quase todos os direitos reservados ao lado esquerdo do peito)
...
...
...
...
Foi uma raposa do século XX
Uma lady na mesa
Uma devota na ópera
Um fantasma na sacristia
Juncos no fundo do rio
E eu rio, senhores,
Eu rio,
É dos calafrios.
Calados os frios.
Estancados
Pelos copos entornados
Corpos escancarados
Torrentes de anis
Anaïs
Uma fogueira, numa clareira
É uma lareira
Freira, sim, e com tormento
Tudo pelo alento, pelo castro
Em suma,
Pelo mastro
A irromper pelo convento
Matreira, sim, também, sempre,
O diabo a quanto obriga
A mulher que é a serpente
Auxilia,
Arrepia
Anemia.
Naná chora as camélias
Desconversam-se as ofélias
Algo morno,
Algo em torno,
A paralisia do masculino na catástrofe verborreica
Todas unidas na hecatombe emocional,
Transverso sensorial,
Amor ocasional.
Tanto como,
Entorpecido o caminho para casa,
Encontrar um sapato de cristal na calçada
Que esfarelamos como a memória pelo esquecimento
Que esfarelamos com a memória
Pelo (para o) esquecimento
Mágoas leva-as o vento,
Ou a estrada,
Ou a água.
Fia, Sophia,
Que o teu sonho ainda cá mora
Teresas vão e voltam e te aguardam à nossa porta
É que certos arremessos não arredam de alma torta
Nem náusea, nem peste, nem jaula
Quanto falta para acabar a aula?
Ofélia é morta.
Penélope já só suspira de tédio,
Safo tirou medicina,
É doutora em priapismo
E Medeia enveredou pelos caminhos do stand-up
Paga as contas e os vícios e os sapatos
Tudo, para compensar os gastos
Joana empunha o arco
Vanessa corre pelo asfalto
Em busca talvez do amor de Alcoforado
Britney convertida aos despachos da alcova
Salve-se, Sade se puder,
Salve-nos Sade, se conseguir
De um amor que nos querem prender
assim que suspiramos mais alto
E Nina chora e chora e chora
Chora, Nina, pelos estragos
Que homem te soube criar
Mas não te soube suster.
...
...
...
Foi uma raposa do século XX
Uma lady na mesa
Uma devota na ópera
Um fantasma na sacristia
Juncos no fundo do rio
E eu rio, senhores,
Eu rio,
É dos calafrios.
Calados os frios.
Estancados
Pelos copos entornados
Corpos escancarados
Torrentes de anis
Anaïs
Uma fogueira, numa clareira
É uma lareira
Freira, sim, e com tormento
Tudo pelo alento, pelo castro
Em suma,
Pelo mastro
A irromper pelo convento
Matreira, sim, também, sempre,
O diabo a quanto obriga
A mulher que é a serpente
Auxilia,
Arrepia
Anemia.
Naná chora as camélias
Desconversam-se as ofélias
Algo morno,
Algo em torno,
A paralisia do masculino na catástrofe verborreica
Todas unidas na hecatombe emocional,
Transverso sensorial,
Amor ocasional.
Tanto como,
Entorpecido o caminho para casa,
Encontrar um sapato de cristal na calçada
Que esfarelamos como a memória pelo esquecimento
Que esfarelamos com a memória
Pelo (para o) esquecimento
Mágoas leva-as o vento,
Ou a estrada,
Ou a água.
Fia, Sophia,
Que o teu sonho ainda cá mora
Teresas vão e voltam e te aguardam à nossa porta
É que certos arremessos não arredam de alma torta
Nem náusea, nem peste, nem jaula
Quanto falta para acabar a aula?
Ofélia é morta.
Penélope já só suspira de tédio,
Safo tirou medicina,
É doutora em priapismo
E Medeia enveredou pelos caminhos do stand-up
Paga as contas e os vícios e os sapatos
Tudo, para compensar os gastos
Joana empunha o arco
Vanessa corre pelo asfalto
Em busca talvez do amor de Alcoforado
Britney convertida aos despachos da alcova
Salve-se, Sade se puder,
Salve-nos Sade, se conseguir
De um amor que nos querem prender
assim que suspiramos mais alto
E Nina chora e chora e chora
Chora, Nina, pelos estragos
Que homem te soube criar
Mas não te soube suster.
Subscrever:
Mensagens (Atom)