segunda-feira, 4 de maio de 2009

poema de quem não procura a rima e a encontra sempre

Sempre
mais tarde e um pouco mais longe

um pouco mais, algo mais, em torno, um contorno
sempre sempre sempre
morno

aliterações consumadas
no tempo futuro de um depois sempre ausente

e as mãos que não podiam ver
não podiam curar
porque isto nunca se tratou de um converter

o depois há-de trazer, wittgensteinianamente

o velho pois
nele contido desde o primeiríssimo verso

e sendo que a primavera chegou mais cedo








será que o verão nos encontra a tempo certo?

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